Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
É condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca (1894-1930)
Dedicado a todos los cacereños, que hoy celebran la festividad de su patrón, al igual que catalanes, aragoneses, alcoyanos, portugueses, ingleses, búlgaros, georgianos, lituanos, chilenos, genoveses, etc.; también a los arqueros, prisioneros, herreros, artistas de circo, boy scouts, montañeros, etc.; a los castellano-leoneses, por ser el día de su comunidad; a todos los lectores empedernidos, que no podrían desenvolverse en esta vida sin un libro entre las manos… y a todos aquellos que alguna vez han deseado ser poetas.